Pílulas Literárias #78 - Vaidade
- José Leonídio

- 21 de jul. de 2022
- 1 min de leitura
Nos acostumamos, ao longo de nossa existência, a ouvir diversas palavras e as absorvemos com se fôssemos esponjas, sem saber suas origem, o significado delas. É o caso de vaidade, da palavra latina VANITAS, cujo uso nos remete às pessoas vãs, fúteis.
O que quer dizer uma pessoa vã?
Alguém sem conteúdo, insignificante.
E ser fútil?
Aquele que não tem importância, que é vazio de mérito, que não inspira confiança.
Neste mergulho etimológico podemos observar o quanto deturpamos o conceito original: usa-se o termo vaidade ou vaidoso(a) com sinônimo de ser belo, atraente, para aquele que quer demonstrar a todos suas virtudes.
Vaidade e humildade atualmente são antônimos. O ser humilde seria o vazio de conteúdos, o vaidoso, o repleto de qualidades. Uma inversão total de valores.
Marcus Túlio Cicero, o filósofo Cícero da Roma antiga, ao ouvir tal atribuição a
VANITAS diria: - Não! Não! Não!
Não foi esta a versão que lhes ensinei.
Pobre Cícero.



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