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  • José Leonídio

O NOVO MUNDO ESTÁ DENTRO DE NÓS

Caminhamos, caminhamos sobre as pedras que muitos já caminharam, e pensavam, pensavam o quê?


Talvez o mesmo que pensamos hoje, com outros nomes, outras paisagens, outras vozes.


- Quem somos nós? Quem são vocês? Quem são eles?


Não sabemos. A única coisa que nos é permitido ter ciência é que a resposta não é exata, não é matemática. Ela será o SIM para alguns, NÃO para outros, e TALVEZ para quem esteja no limbo da história.


As experiências vividas nos mostram caminhos, porém nem sempre os que os novos tempos exigem. Paralelepípedos são colocados lado a lado, mas as pessoas que os pisam não são as mesmas. Novos tempos, novos momentos, novos mundos constroem novas histórias, porém os enredos, embora parecidos, não são os mesmos, são releituras atualizadas, e com o olhar de quem o reescreveu.


Quem somos nós para mudarmos as pegadas deixadas na caminhada pela vida? Não somos nada, porque estas são imutáveis e não se apagam. No entanto, se não conseguimos mudá-las, podemos modificar pelo menos o seu sentido, ou seja, mostrar que a luz que nos ilumina pode também nos permitir ler e enxergar o que nunca nos deixaram ver.


Esta é a razão da luz, e na sua esteira nos conscientizamos que somos mais que um ser, somos a luz que enxerga, que vê, e que através dela vamos além dos limites. Somos nós quem construímos a estrada do futuro, embora muitos não enxerguem que o caminho que percorremos é o preâmbulo do momento a por vir.


Não cimentamos nada, não somos nós que damos o toque final na obra da ciência ou da natureza, nem ninguém dará, porque esta nunca será dada: uma interrogação estará sempre à sua frente, ou seja, na estrada da vida sempre estaremos um passo atrás, sempre haverá um questionamento.


Se hoje o nanograma nos remete ao mundo do inimaginável, amanhã estaremos num outro momento de um mundo que, para nós, é inconcebível como uma realidade absoluta.


A única coisa que temos que nos lembrar é que tudo que pensamos um dia pode ser realidade num futuro próximo. Quem leu Aldous Huxley, em o ”Admirável Mundo Novo” (1932), não consegue se afastar da realidade. O delírio de quase um século atrás é realidade nos dias de hoje. Os segundos e os minutos dos dias atuais nos aproximam do que um dia nossos antepassados sonharam em viver, mas havia limites que o próprio tempo lhes impunha.


A juventude sempre pensou no aqui e no agora; a cada dia que passa nossos sonhos se tornam diferentes. Se conseguimos correr 100 metros em dez segundos aos 18 anos, aos 30, corremos dez mil metros. Aos quarenta, somos maratonistas. Cada etapa que vivemos tem o seu tempo. Somos um todo, no qual o ontem, o hoje e o amanhã se fundem.


O respeitar o universo, a natureza e a individualidade de cada um são um capítulo da constituição do universo, abrir mão de seus preceitos é caminhar num abismo, onde nem sempre existe volta.



Pensem nisso!

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