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  • José Leonídio

AMANHÃ

Será o amanhã o hoje repaginado? Será que podemos definir com exatidão todos os passos que daremos no dia que se seguirá ao hoje? Não sei, e acho que ninguém tem respostas para estas questões. No máximo, existe uma proposta de como será, mas só o amanhã nos dirá.


E um jargão bem conhecido de que, “no papel, tudo cabe”. Criamos todas as hipóteses e temos respostas para todas elas. Aqui, só temos uma variável, nós mesmos, além de nossos pensamentos. Formulamos o questionamento e apresentamos as soluções, fácil assim. Não existem entraves, porque este é nosso ideal.


Lembro-me que numa aula de Física foi apresentado um problema a ser resolvido, porém ninguém conseguiu dar-lhe uma solução. Era uma das questões para serem resolvidas em casa. Assim que o professor chegou, a turma toda pediu que ele resolvesse, mas ele também não conseguiu.


Analisa daqui, analisa de lá, por fim a solução, o exercício que fora apresentado, tinha um erro de estrutura e ao invés de duas incógnitas, tinham três. Ficava impossível resolvê-las com os conhecimentos que tínhamos da época.


O AMANHÃ é mais ou menos assim, um exercício proposto: não são duas incógnitas, são inúmeras e só conseguiremos resolvê-las individualizando-as, dando uma resposta personalizada a cada uma e com o apoio de múltiplas mãos.


Por mais que sejamos individualistas, nestas ocasiões temos que dividir o feito entre todos. Por mais que tenhamos resolvido todas as questões individualmente, quando chegamos ao coletivo tomam outros valores, outras cores e diferentes rumos. O que pensávamos que era o mais importante para nós, passa a ser o menos relevante, situações criadas num curto espaço de tempo necessitam, em sua grande maioria, de soluções conjuntas imediatas.


Quantas vezes temos que adiar nossas propostas feitas ontem para o amanhã que, na verdade, é o hoje, posto que o imponderável se interpõe na nossa programação. A vida é feita de momentos previsíveis ou não. Segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, escrevemos com a tinta do tempo, que não se apaga nunca nosso roteiro verdadeiro.


A única coisa que podemos fazer para viver o amanhã é esboçar metas a serem cumpridas ou não. Se nos tornamos inflexíveis nos nossos objetivos, o caminho que se colocará à nossa frente pode nos levar ao deserto, à ausência de tudo e de todos. Nossa sede de tudo querer, de acordo com nossos parâmetros, leva-nos ao isolamento social, intelectual e até familiar em algumas situações.


Uma viagem desejada, esperada ansiosamente, irá se realizar e traçamos todos os passos que daremos e o que queremos ver, fazer. Com tudo muito bem planejado, nada sairá errado, afinal este sempre foi seu grande sonho e agora a concretização está próxima.


Por diversos motivos, 30% do que foi minuciosamente esboçado não se concretizou e o mais importante no seu planejamento. A sensação é a de que nada deu certo, visto que o que mais lhe atraia, não aconteceu.


Se, ao contrário, algumas metas são esboçadas e ao fim da viagem você fez muito mais do que o previsto, a viagem foi maravilhosa. Não programamos os nossos passos, deixamos que acontecessem espontaneamente, juntamos nossos objetivos ao que melhor nos era oferecido naquele momento.


Temos que aprender que nem tudo é como queremos, temos que ter metas e objetivos, sim, mas entre eles é necessário deixar espaços. Essa é a razão do AMANHÃ, a imprevisibilidade. Vivamos o hoje, preparando o amanhã, porém o tempero certo se dará na hora certa, no AMANHÃ.


Será o amanhã o hoje repaginado? Será que podemos definir com exatidão todos os passos que daremos no dia que se seguirá ao hoje? Não sei, e acho que ninguém tem respostas para estas questões. No máximo, existe uma proposta de como será, mas só o amanhã nos dirá.


E um jargão bem conhecido de que, “no papel, tudo cabe”. Criamos todas as hipóteses e temos respostas para todas elas. Aqui, só temos uma variável, nós mesmos, além de nossos pensamentos. Formulamos o questionamento e apresentamos as soluções, fácil assim. Não existem entraves, porque este é nosso ideal.


Lembro-me que numa aula de Física foi apresentado um problema a ser resolvido, porém ninguém conseguiu dar-lhe uma solução. Era uma das questões para serem resolvidas em casa. Assim que o professor chegou, a turma toda pediu que ele resolvesse, mas ele também não conseguiu.


Analisa daqui, analisa de lá, por fim a solução, o exercício que fora apresentado, tinha um erro de estrutura e ao invés de duas incógnitas, tinham três. Ficava impossível resolvê-las com os conhecimentos que tínhamos da época.


O AMANHÃ é mais ou menos assim, um exercício proposto: não são duas incógnitas, são inúmeras e só conseguiremos resolvê-las individualizando-as, dando uma resposta personalizada a cada uma e com o apoio de múltiplas mãos. Por mais que sejamos individualistas, nestas ocasiões temos que dividir o feito entre todos.


Por mais que tenhamos resolvido todas as questões individualmente, quando chegamos ao coletivo tomam outros valores, outras cores e diferentes rumos. O que pensávamos que era o mais importante para nós, passa a ser o menos relevante, situações criadas num curto espaço de tempo necessitam, em sua grande maioria, de soluções conjuntas imediatas.

Quantas vezes temos que adiar nossas propostas feitas ontem para o amanhã que, na verdade, é o hoje, posto que o imponderável se interpõe na nossa programação. A vida é feita de momentos previsíveis ou não. Segundo a segundo, minuto a minuto, hora a hora, escrevemos com a tinta do tempo, que não se apaga nunca nosso roteiro verdadeiro.

A única coisa que podemos fazer para viver o amanhã é esboçar metas a serem cumpridas ou não. Se nos tornamos inflexíveis nos nossos objetivos, o caminho que se colocará à nossa frente pode nos levar ao deserto, à ausência de tudo e de todos. Nossa sede de tudo querer, de acordo com nossos parâmetros, leva-nos ao isolamento social, intelectual e até familiar em algumas situações.


Uma viagem desejada, esperada ansiosamente, irá se realizar e traçamos todos os passos que daremos e o que queremos ver, fazer. Com tudo muito bem planejado, nada sairá errado, afinal este sempre foi seu grande sonho e agora a concretização está próxima.


Por diversos motivos, 30% do que foi minuciosamente esboçado não se concretizou e o mais importante no seu planejamento. A sensação é a de que nada deu certo, visto que o que mais lhe atraia, não aconteceu.


Se, ao contrário, algumas metas são esboçadas e ao fim da viagem você fez muito mais do que o previsto, a viagem foi maravilhosa. Não programamos os nossos passos, deixamos que acontecessem espontaneamente, juntamos nossos objetivos ao que melhor nos era oferecido naquele momento.


Temos que aprender que nem tudo é como queremos, temos que ter metas e objetivos, sim, mas entre eles é necessário deixar espaços. Essa é a razão do AMANHÃ, a imprevisibilidade. Vivamos o hoje, preparando o amanhã, porém o tempero certo se dará na hora certa, no AMANHÃ.




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