Não é raro, alguém nos tipificar de utópicos, sonhadores ou delirantes. Com licença do amigo Cristos, utopia vem do grego “ou” adicionados a “topos” ou seja, “ o lugar que não existe”, uma fantasia, um devaneio, uma ilusão, um sonho. É a ideia de civilização ideal, fantástica, imaginária. Sonho vem do Latim somnium (sonho, ilusão, sonhar com), na língua de Isabela de Castela, Castelhano, (Espanhol), a palavra sueño se origina de duas vertentes, ou seja do Latim, somnium, e também somnus (sono,ociosidade). Para melhor diferenciação, adotou-se a ensueño (sonho), a qual deriva do Latim insomnium (sonho, visão em sonhos), que, deriva do Grego enýpnium (sonho, visão, aparição em sonhos), ou seja, aqueles que vivem nas nuvens. Delírio por sua vez é a crença em fatos irreais que não possuem base. Alucinação.
Grande entusiasmo. Delírio se prende ao onírico e está relacionado ou faz referência aos sonhos, às fantasias e ao que não pertence ao chamado "mundo real". A palavra tem sua origem etimológica a partir do grego óneiros, (perdoe-me novamente Cristos) e que quer dizer literalmente "sonho". Portanto quando dizem que somos utópicos, sonhadores ou delirantes levam-nos as nossas origens latino/gregas. Somos o que somos, nada mais do que isto. Nossas utopias, nada mais são do que nossos sonhos, nossos sonhos podem estar ligados a nossos “sonhos” a mensagem de nós para nós mesmos, na calada da noite, ou nossas aspirações para o dia de amanhã, depois de amanhã, para semana que vem, para o mês que vem, para o próximo ano e delírio as nossas fantasias.
Quantas e quantas vezes nossas utopias, se tornam sonhos, nossos sonhos se tornam delírios e nossos delírios, realidade. Um exemplo, o amor é uma utopia, que pode se transformar num sonho, que vira um delírio (paixão) e pôr fim, realidade. O mestre Paulo Coelho nos diz em “O Alquimista” que quando nossa utopia, se transforma em sonhos, e a seguir em delírios,( quando queremos e queremos muito) o universo conspira a nosso favor. Neste momento nada nem ninguém é capaz de interromper o curso do rio, sua força é maior que tudo. Ninguém é capaz de conter as marés, nem o vento, nem a chuva, porque simplesmente estão acima de nós. Nosso pensamento tem a força dos movimentos da natureza, ninguém entra numa batalha derrotado, a derrota é contingência do conflito.
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