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José Leonídio

UTOPIA, SONHO E DELÍRIO


Não é raro, alguém nos tipificar de utópicos, sonhadores ou delirantes. Com licença do amigo Cristos, utopia vem do grego “ou” adicionados a “topos” ou seja, “ o lugar que não existe”, uma fantasia, um devaneio, uma ilusão, um sonho. É a ideia de civilização ideal, fantástica, imaginária. Sonho vem do Latim somnium (sonho, ilusão, sonhar com), na língua de Isabela de Castela, Castelhano, (Espanhol), a palavra sueño se origina de duas vertentes, ou seja do Latim, somnium, e também somnus (sono,ociosidade). Para melhor diferenciação, adotou-se a ensueño (sonho), a qual deriva do Latim insomnium (sonho, visão em sonhos), que, deriva do Grego enýpnium (sonho, visão, aparição em sonhos), ou seja, aqueles que vivem nas nuvens. Delírio por sua vez é a crença em fatos irreais que não possuem base. Alucinação.


Grande entusiasmo. Delírio se prende ao onírico e está relacionado ou faz referência aos sonhos, às fantasias e ao que não pertence ao chamado "mundo real". A palavra tem sua origem etimológica a partir do grego óneiros, (perdoe-me novamente Cristos) e que quer dizer literalmente "sonho". Portanto quando dizem que somos utópicos, sonhadores ou delirantes levam-nos as nossas origens latino/gregas. Somos o que somos, nada mais do que isto. Nossas utopias, nada mais são do que nossos sonhos, nossos sonhos podem estar ligados a nossos “sonhos” a mensagem de nós para nós mesmos, na calada da noite, ou nossas aspirações para o dia de amanhã, depois de amanhã, para semana que vem, para o mês que vem, para o próximo ano e delírio as nossas fantasias.


Quantas e quantas vezes nossas utopias, se tornam sonhos, nossos sonhos se tornam delírios e nossos delírios, realidade. Um exemplo, o amor é uma utopia, que pode se transformar num sonho, que vira um delírio (paixão) e pôr fim, realidade. O mestre Paulo Coelho nos diz em “O Alquimista” que quando nossa utopia, se transforma em sonhos, e a seguir em delírios,( quando queremos e queremos muito) o universo conspira a nosso favor. Neste momento nada nem ninguém é capaz de interromper o curso do rio, sua força é maior que tudo. Ninguém é capaz de conter as marés, nem o vento, nem a chuva, porque simplesmente estão acima de nós. Nosso pensamento tem a força dos movimentos da natureza, ninguém entra numa batalha derrotado, a derrota é contingência do conflito.


Se nós nas batalhas da vida confiarmos no nosso “eu”, na energia positiva da nossa vontade, na nossa utopia, nos nossos sonhos, nos nossos delírios, já seremos vencedores, porque a vitória começa no primeiro degrau, e esse nós já vencemos. Fiquem todos com a luz da vitória, que nos acende a cada manhã.

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