Acostumamos a escutar que tudo que fazemos tem princípio, meio e fim. A vida fora do ventre materno segue este modelo. Entramos em contato com o ar quando nascemos, e enceramos nossa passagem na terra, no derradeiro suspiro.
Entre o primeiro e o último, o meio a nossa existência, maior ou menor para cada um de nós.
Só temos duas certezas a de quando começa e termina, ou seja, a capa e a contracapa do livro da vida. O miolo do nosso livro vamos escrevendo com nossas tintas no dia a dia.
Não existe obra inacabada, foi até onde pode ir, e deixa como legado o que está escrito, sem pedido de licença ou despedidas.
Esta reflexão tem a ver quando escrevemos uma obra literária, que tem seu primeiro respiro na primeira letra, palavra, frase, e finda na última letra, da última palavra.
O mais difícil para um escritor é dizer adeus aos personagens com que conviveu durante um longo período, mas assim como a vida, a obra é finita e temos que deixá-la caminhar por si só ao encontro dos seus admiradores.
A nós as lembranças. A despedida é necessária porque a vida é assim. Hoje me despeço de “SAFIRAS DE CANDINHO”, para que possa conversar com outros atores, mexer com novos sentimentos.
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