Abrir caminhos é uma expressão que acostumamos a ouvir desde a infância.
Quantas vezes ouvi que quando crescesse abriria meus próprios caminhos, que a estrada da vida era uma reta, porém cada um criaria o atalho que o levaria às suas conquistas, seu crescimento externo e interno?
Quando ouvia essa expressão vinha a imagem de uma foice nas minhas mãos e ceifando a vegetação cerrada a minha frente mas por mais que fizesse não havia clareiras, somente a floresta fechada.
Aos poucos, na medida em que cresci, comecei a perceber que somos nós que construímos nossos refúgios.
Não se abre um caminho por abrir, temos sempre um objetivo, não importa qual seja, temos que segui-lo até o fim, senão nunca concluiremos o que nos propusemos a fazer.
Não se abrem dois caminhos ao mesmo tempo, porque estaremos próximo a não concluir nenhum dos dois.
Em seguida abriremos outros, que também ficarão sem término. Quando olharmos para trás não chegamos a lugar algum: abrimos clareiras dentro de nós, com caminhos que não nos levam a lugar algum, se encerram a dois passos de nossas densas florestas.
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