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José Leonídio

Pílulas Literárias #246 - Prazer

As palavras vão tomando novos sentidos, com o passar dos anos, dos séculos. Um exemplo é a palavra Prazer, que, na sua origem latina “Placere”, remetia-se a: “aceito”, “querido”, que, por sua vez, está relacionado a “Placare”, “acalmar”, “aquietar”.


Com o transcorrer do tempo ,novos significados foram sendo incorporados, novas interpretações, sejam religiosas, filosóficas ou mesmo sendo transmutada dentro da cultura de uma determinada região. A palavra prazer passou a fazer parte do relacionamento afetivo, com repercussão sobre a sexualidade exercida pelos que a praticam. Passou a ser sinônimo constante de “gozo”, “orgasmo”.

O prazer independe do exercício da sexualidade, porque pode se apresentar de diversas formas. Nossos sentidos podem nos oferecer “prazeres” tão ou até mais intensos, do que o conseguido numa relação. O ato físico é finito e muitas vezes não fica registrado na nossa memória.


Quando associamos o despertar do prazer aos sentidos, um perfume, uma refeição, um toque, uma palavra dita na hora certa no momento certo, um ambiente de aconchego, saímos do prazer físico e adentramos ao prazer das emoções sentidas. Muitos não entendem, mas este é, para muitos o verdadeiro prazer, porque não é qualitativo, é quantitativo. Pensem nisso. Amar é se entregar, mas em todos os sentidos. O corpo é só um complemento.

Tenham uma semana de prazeres.

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