Na sua origem, a palavra PÁSCOA deriva do verbete hebraico “PESACH” que, literalmente, significa “passar além”, ultrapassar obstáculos, atravessar montanhas, vales, rios, mares.
Outra interpretação seria a da libertação, ou seja, sair da escravidão para a liberdade.
Os hebraicos comemoravam o PESACH, ligando-o a ressureição da natureza que, após o rigor do inverno, renasce com a entrada da Primavera no 15º dia do mês hebraico, “Nisan”, que corresponde ao nosso mês de abril ( aprire - abrir) que no calendário Juliano, antecedeu ao Gregoriano, que marcava a entrada do novo ano em abril, coincidindo com o início da Primavera, no hemisfério Norte.
Eostre, simbolizava “a Deusa da Aurora”, uma Deusa anglo-saxã, associada a Primavera, Ressurreição e o Renascimento.
Era também a Deusa da Fertilidade, do Amor e Renascimento, na mitologia anglo-saxã, nórdica e germânica.
Os povos nórdicos na antiguidade comemoravam a entrada da Primavera em sua homenagem, no festival que denominavam, Eostre, que acontecia no dia 30 de março.
Na lenda de Eostre, a Deusa da Fertilidade, adorava crianças e estava sempre rodeada por elas. Para entreter as crianças, então, transformou um belo pássaro, num coelho.
Diz a lenda que o coelho não gostou da transformação, e na Primavera seguinte com seus plenos poderes Eostre fez com que voltasse a sua antiga forma e, este em gratidão deixou-lhe de presente ovos coloridos, que nada mais significa do que a origem da vida.
Jesus Cristo, o Jesus Ungido e é este o significado da palavra Cristo, que nunca foi seu sobrenome, que lhe foi dado pela religião criada em torno desta designação, O CRISTIANISMO.
Comemorasse o renascimento de Jesus, alicerçados em lendas pagãs como a de EOSTRE sem ao que ao menos saibamos o que significa.
A PÁSCOA continua a ser uma comemoração PAGÃ, absorvida pela Cristiniadade, como se fosse propriedade dela sua origem e que, pelo contrário, é muito mais antiga. Se hoje ofertamos ovos a quem amamos, estamos reverenciando a Divindade OESTRO, a Deusa da Fertilidade. Acredito que o termo ESTRO que significa “CIO” possa ter dado a origem, sem o ranço religioso, associada a tradição da ciência d’antanho, a fertilidade, aos hormônios femininos que estão associadas a reprodução humana.
Nesta noite de domingo de PÁSCOA, que voltemos as origens do PESACH, ou seja: ao passar além, ultrapassar obstáculos, atravessar montanhas, vales, rios, mares, e também, nos libertarmos da nossa própria escravidão. Mergulharmos no nosso direito à liberdade de ser, da forma com imaginamos ser.
Que ao quebrarmos os ovos, estes sejam férteis em ideias e ideais, que nos mostrem novos caminhos para irmos ao encontros de nosso objetivos, nosso sonhos.
Feliz final de PÁSCOA, sem o doce, mas com sonhos a serem realizados.
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