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José Leonídio

Pílulas Literárias #225 - Fio da navalha

Andar no fio da navalha.


Viver no fio da navalha. Estas são expressões que acostumei a ouvir na minha infância e adolescência e que estavam associadas a viver sempre nos limites do perigo.


Em determinadas ocasiões, para que alcancemos nossos objetivos, deixamos de lado a prudência e nos arriscamos. Isto faz parte do quanto desejamos algo, ou alguém.


Não podemos e nem devemos é viver o tempo todo sob a tensão do vou conseguir; é só um passo a mais; uma questão de minutos.


Quando vivemos esperando que no segundo seguinte o milagre virá do céu e tudo conseguiremos, estamos muito mais perto do insucesso do que da realização.


Na adolescência é comum experimentarmos o risco porque, além de ser o novo, libera adrenalina, que é sua recompensa, ou seja, a satisfação ou a lembrança que guardaremos para sempre, porém, o tempo nos mostra que conseguimos nos realizar de muitas outras formas, sem que seja preciso, andar ou viver no fio da navalha.


Como dizia vovó, prudência e caldo de galinha nunca fizeram mal a ninguém.

Pensem nisso.

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