Uma leve brisa toca nosso rosto, refresca-nos do calor abrasador. Céu límpido. As aves voam a uma altura muito acima das que fazem naturalmente. Sem que percebamos, a brisa sopra mais forte, vai- se encorpando e transforma-se em vento, que começa a agitar as copas das árvores. Nuvens parecendo flocos de algodão surgem no horizonte.
Lentamente vão se acumulando e mudando de cor, tomam o tom acinzentado, depois quase negras. O céu começa a se acender com raios e coriscos, seguido de trovões. Pequenas gotas de chuva caem sobre nós, em seguida se encorpam acompanhadas de um forte vento e de pedras de gelo que tamborilam nas vidraças das janelas.
Faz-se presente o dilúvio, que, sem que percebamos, e finito, tem tempo e hora para começar e terminar. Em seguida o céu acende suas estrelas, o cheiro de terra molhada, o frescor da noite após a borrasca. Toda esta sequência mostra o poder da natureza, de ir da calmaria ao dilúvio e retornar para a mesma. Assim somos nós, nada é para sempre, sempre terá princípio, meio e fim. A natureza nos ensina esta verdade.
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