A espontaneidade é a verdade pura, sem retoques. As crianças se expressam sem compromissos com o que estão falando, não existem limites para elas, falam o que lhes vêm a cabeça.
À medida que passamos a ter controle sobre o que pensamos e a seguir oralizamos, colocamos entre eles um elemento a mais que nos leva ao racional: a crítica, a censura.
Não falamos mais com singularidade, pelo contrário, somamos ao primeiro relanço experiências acumuladas.
Nosso pensamento inicial se altera e, ao final, por diversas razões, abandonamos o que para nós seria o mais conveniente e que, por não ser de consenso, o abandonamos.
A velocidade na comunicação leva-nos muitas vezes a escrever(digitar) pensamentos ou reflexões que são sinceras e, por serem autenticas naquele momento, não nos preocupamos em corrigi-las, saem num lanço da livre expressão, como se voltássemos para a infância.
Se formos revê-los preocupados com as críticas, mudaremos o verdadeiro sentido do que queríamos abordar, entrará, então, a autocensura, não devíamos falar assim, escrever desta forma. Mas era exatamente aquilo que queríamos dizer naquele instante, relevando sempre os erros de um corretor analfabeto e enxerido.
Tenhamos uma semana de verdades espontâneas, saídas da criança que existe dentro de cada um de nós.
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