O silêncio da solidão, o estar só, não são iguais. Você pode estar só, mas envolvido pelos ruídos que lhe cercam, que mesmo no exílio das suas cavernas interiores chegam onde estás, sem que queira.
O vozerio da multidão que lhe cerca pode ser impenetrável ao seu silêncio. Estar só não é uma questão meramente física, a ausência de companhia: estar só significa mergulhar para dentro de si e nada encontrar.
O teu silêncio pode estar ausente naquele momento, os sons não te sensibilizarem, mas não estás só.
A verdadeira solidão independe de pessoas e ambientes e é construída a duas mãos, não importa o que esteja acontecendo à nossa volta. Somos prisioneiros de nós mesmos.

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