Um filete de água num belo dia brota das entranhas da mãe terra, no alto das montanhas.
Timidamente vai crescendo, recebendo novas designações, até que se torna volumoso, imponente, abrigando em si a vida, em todos os seus sentidos.
Um dia, no auge da sua existência, deságua no mar, que o espera ruidoso, para que viva novas experiências.
Somos a imagem e semelhança de um rio e, símile a este, só temos duas certezas: o princípio e o desaguar em novos universos.
No nosso curso encontramos águas calmas ou turbulentas; corredeiras ou cachoeiras; contornamos montanhas, atravessamos vales e várzeas.
Damos origens às novas nascentes.
Em nós, a lembrança de quando enxergamos onde estávamos pela primeira vez, mas é luz tênue e, m dia, sem que saibamos quando, se apagará.
Cada ano que acrescentamos ao livro da vida é uma conquista e assim devemos enxergá-lo.
Escrevam com suas tintas, as suas linhas, pois estas nunca se apagarão.
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