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Pílulas Literárias #124 - Esperança

José Leonídio

Contemplava o horizonte quando percebi que algo tinha pousado no meu ombro, lentamente virei a cabeça para ver o que era.


Era um tetigonídeos ou, na linguagem comum, uma Esperança, que com sua cor verde brilhante me fascinou e fiquei a admirá-la.


Como num gesto de agradecimento por ter-lhe emprestado os ombros, fixou seus olhos nos meus. Como se tivesse parado para descansar em minutos se foi.

Me lembrei de quando criança, quando ao vermos uma esperança, tínhamos a certeza de que algo bom aconteceria. Hoje eu não só a vi, como também pousou em mim.


O que isto significa? Tudo, nada.


Sua presença é sinal de natureza viva, a mesma que existe dentro de nós. Estar ali, naquele momento, pode significar que alcançaremos o que desejamos, ou não. Irá depender do momento em que estivermos. Se tecemos o futuro com alicerces fortes, ela nós traz a boa mensagem, mas se, ao contrário, representa para nós o milagre que vira do céu e, se este não vier, representará o mau agouro.


A Esperança no seu verde representa um campo que pode florir, mas que para isso precisará ser cuidado, adubado.


Se não enriquecemos nossa vida com o conhecimento, esperaremos sempre que a esperança venha de um milagre dos Deuses.

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