Nos idos dos anos setenta, ouvia meus professores se referirem a outro como querelante.
Naquela época, ainda engatinhando na vida, pensava naquele que
falava muito, sem dar oportunidade que os outros se expressassem.
Com o tempo descobri que não, era somente uma forma elegante de se referir a alguém que tinha opinião contrária a daquele professor.
Quantas vezes temos opiniões contrárias num determinado ponto, mas nem por isso deixamos de concordar nas demais?
É a verdadeira prática da democracia ou, no dizer de Montaigne, da Democracia Tupinambá: Liberdade, Igualdade e Fraternidade. Discordamos num ponto, mas essa discordância nos leva a pensar nos prós e contras e chegamos a um denominador comum.
É assim que crescemos. Impor um conceito e tirar o direito de usarmos nosso direito de discordar e termos nossa própria visão sobre o tema em lide (questão) e não sobre a vida como um todo.
Tenham uma semana no conceito dos BRASIS Tupinambás, de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
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