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ACREDITOU? CAIU!ESTAMOS NA RÊS PÚBLICA DAS FAKE NEWS

José Leonídio

O mês de abril é o quarto mês do calendário gregoriano. Sua origem vem do latim aprilis, que significa abrir etem duas vertentes: a primeira estaria ligada no hemisfério norte e ao desabrochar das flores na primavera. A outra hipótese seria a de uma homenagem à Afrodite no Panteão dos Deuses Gregos ou à Vênus, em Roma, e que estaria ligada a Aprus, a Deusa do Amor e da Paixão entre os etruscos[1].


O mês de abril iniciava o calendário instituído pelo imperador romano Júlio César em 46 a.C.. E ficou conhecido então como Juliano. Em 1582 o Papa Gregório XIII, seguindo as recomendações do Concílio de Trento, adequou o ano civil e o do calendário ao ano solar, devido ao movimento de elipse feito pela Terra em torno do Sol. Este, então, passou a ser conhecido como calendário gregoriano.


Uma mudança destas, que traz na sua esteira tradição de séculos, não é assimilada de imediato através da promulgação de um decreto ou uma lei. A alteração no calendário numa época em que meios de comunicação eram quase exclusivamente orais trouxe grande confusão e passou a ser motivo de escárnio para parte da população. A corte convidava os nobres que moravam no interior para comemorar a chegada do novo ano em primeiro de abril.


Quando estes chegavam aos grandes centros, os nobres da cidade estavam ausentes, não havia festejos nos palácios, quem comemorava era a plebe ignara. E os nobres do interior comemoravam a entrada do “velho ano novo”.

Foi na França que efetivamente o primeiro de abril tornou-se universal, atingindo os infames e a nobreza no “Poisson d’avril”. As brincadeiras ou as “bravatas d’abril” se estenderam por toda a Europa, agora sob a forma de pilhérias, sátiras, falsas notícias, convites e principalmente presentes maliciosos.


Depois de atravessar o oceano as bravatas d’abril aportaram no Brasil e aqui resolveram fazer morada definitiva e passaram a ser aplicadas todos os dias do ano.


Libertaram os índios que eram livres; condenaram um TIRADENTES numa REVOLUÇÃO DE POETAS, nosso SANTO era do PAU ÔCO e até o namorador Dom Pedro I deu o “Grito da Independência” de quem? Brasil ou Portugal, ou financeira da Inglaterra? Cá ficamos nós, pagando as contas de Portugal.


Quem diria que a Princesa, atendendo aos reclamos de todos, D’EU a abolição de quem? Dos senhores ou dos escravos! Proclamaram a “Rês Pública” e até o nosso “Rui” criou uma “bolsa de valores”, sem “valores”. Ah! A Guanabara travestida de Rio de Janeiro, sede da colônia, capital do reino, depois da Rês Pública, incorporou o primeiro de abril como o “DIA NACIONAL DA CARIOQUICE”. E o colorido Lindolfo, que jurou sem cruzar os dedos, que só o governo garantiria a aposentadoria do trabalhador, e este acreditou!


Ele agora é universal, invade nossas casas, pelo rádio, jornal, pela televisão, internet, pelas redes sociais e o que mais houver. A coisa ficou tão enraizada que mudaram a capital da “Rês Pública” para Brasília, porém não adiantou. Até uma Revolução que foi feita em primeiro de abril passou para 31 de março, senão o povo não acreditaria.


O Brasil passou a ser a República das Bravatas d’abril, mudaram seu nome, agora é mais pomposo, foi importado, passando a se chamar FAKE NEWS, aplicadas a cada milésimo de segundo. A morada delas passou a ser principalmente nas redes sociais.


Passamos a ser Rês Pública das Fake News, portanto, precisava de um líder que as disseminasse, elegendo-se um presidente com mestrado, doutorado, pós-doutorado e outros “ados” mais em Fake News.


Cada ato é uma bravata e a pandemia passou a ser o seu prato preferido. As fakes passaram a fazer parte da política oficial de governo, que as comunica com total desfaçatez. Viva o primeiro de abril, o dia Internacional das Fake News.

E SE VOCÊ ACREDITOU VOCÊ TAMBÉM CAIU! ESTAMOS NA RÊS PÚBLICA DAS FAKE NEWS.


[1] Etruscos – Habitantes da Etruria, hoje Toscana- Itália.


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